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segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

PCM: a tecnologia que pode substituir a memória RAM...

Pesquisadores criaram uma nova forma de computar dados 100 vezes mais rápida do que a memória Flash.

 
A forma com que estamos acostumados a ver os computadores e outros dispositivos eletrônicos pode estar prestes a mudar. Isso porque a boa e velha memória RAM pode ser substituída por um material muito mais potente e capaz tanto de armazenar muito mais informação quanto de fazer isso em menos tempo.

De acordo com uma publicação da revista New Scientist, trata-se de uma tecnologia chamada PCM (sigla em inglês para materiais de mudança de fase, em uma tradução livre), que mantém os dados gravados ao se transformar de algo amorfo para o estado cristalino. Pode parecer algo de outro mundo, mas também soa muito promissor.

De acordo com a publicação, o PCM também pode ser 100 vezes mais rápido do que a memória Flash no que diz respeito a gravar e resgatar dados. Além disso, seu tempo de vida útil pode chegar a um ciclo de 10 milhões de reutilizações ? contra as 3.000 da concorrente.


Segundo um dos engenheiros da IBM, Evangelos Eleftherion, o grande segredo do PCM é armazenar mais de um bit por célula ao fazer com que a mudança de estado do chip não chegue a nenhum extremo. Para ele, basta controlar o fluxo de informação para que você possa manter a matéria entre o amorfo e o cristal.

Para comprovar isso, outros pesquisadores colocaram a novidade à prova e comprovaram que ela realmente se mostra infinitamente superior ao desempenho de outras tecnologias. Como apresentado por pesquisadores da Universidade de Exter, o PCM manteve 512 estados diferentes em um espaço de apenas 20 nanômetros. Com o mesmo tamanho, a memória Flash foi capaz de guardar somente dois.

Quando isso se tornará realidade?
Empolgou-se? Então saiba que será preciso mais algum tempo para que o PCM saia dos laboratórios para chegar ao consumidor final. Isso porque seu manuseio ainda é muito complexo e, por consequência, caro. Como explicou um dos cientistas da Universidade de Exter, David Wright, criar um chip capaz de diferenciar essas mudanças de estado ainda é inviável.


Além disso, a IBM procura encontrar uma solução para fazer com que essas alterações resistam naquele estado por muito tempo. Algumas alternativas já foram pensadas, mas ainda não se chegou a uma conclusão final.

Para Eleftherion, ainda é cedo para dizer que a tecnologia RAM está com seus dias contados, principalmente pelo fato de grandes empresas ainda apostarem no formato Flash. Segundo ele, é possível que o PCM venha a se tornar uma realidade somente após o ano de 2016.
por LuCaS1911, fonte: Tecmundo

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