O site
Megaupload.com, desativado por autoridades norte-americanas sob
acusações de distribuir ilegalmente material protegido por direitos
autorais, está tentando recuperar seus servidores e voltar para a
internet, disse um advogado da companhia nesta sexta-feira (20).
A empresa e sete de seus executivos foram acusados de participar de um vasto e lucrativo esquema para oferecer material na internet sem compensar os detentores de copyrights.
Autoridades na Nova Zelândia prenderam quatro dos acusados,
incluindo um de seus fundadores, que mudou seu nome legalmente para Kim
Dotcom. Também foi apreendido dinheiro, servidores, nomes de domínio e outros ativos nos Estados Unidos e em vários outros países.
"A companhia está analisando suas opções legais para reaver seus
servidores e seu domínio e colocá-los novamente em funcionamento", disse
à Reuters Ira Rothken, um dos advogados do Megaupload. "O Megaupload
irá defender-se vigorosamente."
Ele afirmou que a companhia oferecia simplesmente armazenagem de
dados on-line. "É realmente ofensivo afirmar que só porque as pessoas
podem armazenar coisas ruins o Megaupload é automaticamente
responsável", disse.
Autoridades norte-americanas caracterizaram muito mais negativamente
a companhia, afirmando que o Megaupload disponibilizava materiais
protegidos por copyright como músicas, programas de televisão, filmes, pornografia e até vídeos propagandeando o terrorismo.
Usuários podiam subir conteúdos para o site da empresa, que criava
um link para que outras pessoas baixassem os arquivos, segundo a
acusação. Alguns usuários pagavam assinaturas para velocidades maiores
de download.
Apesar de reclamações dos detentores de copyright, o Megaupload não
removia todo o material quando isso lhe era solicitado, afirmaram
procuradores. Executivos da empresa teriam lucrado mais de US$ 175
milhões com assinaturas e publicidade, disseram.
Sopa e Pipa
O fechamento do Megaupload aconteceu um dia depois que diversos
sites, incluindo a enciclopédia Wikipédia e os classificados Craigslist,
decidiram ficar fora do ar em protesto contra dois projetos de lei
antipirataria que estão em discussão no Congresso dos EUA. Eles são
conhecidos pelas siglas Sopa e Pipa.
O Stop Online Piracy Act (SOPA) é um projeto de lei com regras mais
rígidas contra a pirataria digital nos EUA. Ele prevê o bloqueio no
país, por meio de sites de busca, por exemplo, a determinado site
acusado de infringir direitos autorais. O foco está principalmente em
sites estrangeiros, contra os quais as empresas americanas pouco podem
agir. No Senado, circula o Protect IP Act, conhecido como PIPA (ato para
proteção da propriedade intelectual), outro projeto sobre direitos
autorais que mira a internet.
Ambos são apoiados por empresas de entretenimento, constantes alvos
de pirataria, mas são questionados por companhias de internet, como
Google, Facebook, Amazon e Twitter, que interpretam as medidas como um
tipo de censura aos sites e à liberdade de expressão. O SOPA ainda está
sendo avaliado por comissão na Câmara; a PIPA deve ir à votação no
Senado ainda neste mês.
Ataque hacker
Após o fechamento do Megaupload, o grupo hacker Anonymous, que
também é contra os projetos, afirmou no Twitter que derrubou os sites do
FBI, a polícia federal dos EUA, do Departamento de Justiça americano,
da Universal Music, da Associação de Filmes dos EUA e da Associação da
Indústria Fonográfica do país, entre outros endereços.
por Thiago_game_vicio, fonte: G1/Globo
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